Olhe para o alto

Há poucos dias a Netflix lançou um filme satírico “Não olhe para cima” e tem rendido polêmicas e críticas por todos os lados. O filme não é nenhuma obra prima do cinema, mas tem chamado a atenção por fazer uma sátira com toda a loucura dos tempos modernos.

Vivemos em um mundo com inegáveis avanços tecnológicos, econômicos e medicinais. Este desenvolvido deve ser louvado, porém, infelizmente com a mesma proporção que tais avanços acontecem o homem moderno regride em reconhecer sua finitude no mundo. Muitos acreditam que a ciência e a tecnologia os dão o direito de terem liberdades quase divinas e vivem como se não tivessem nada acima de seus próprios egos.

Porém, cedo ou tarde chega a fatura de uma vida individualista e centrada nas pautas modernas. Com isso vem também uma angústia inexplicável ao coração humano, muitos nessa angústia se entregam loucamente aos vícios e prazeres deste mundo com a finalidade de entorpecerem suas mentes. Ficam cada vez mais apegados a vida sem sentido que se tornam alheios as verdades essenciais que a alma precisa responder. O apóstolo Paulo relata que pessoas assim já existiam em seu tempo: “Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tt 1.15b).

Todavia, de maneira surpreendente alguns são despertados de seu sono profundo e percebem que precisam sair da escuridão que estão mergulhados. O salmista ao escrever o Salmo 121 parece reproduzir o grito de angústia de quem quer sair dessa situação “1Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro?”, mas logo em seguida ele responde confiantemente “2O meu socorro vem do Senhor , que fez o céu e a terra”.

O salmo 121 nos faz perceber que mesmo na modernidade quem quer socorro para a angústia da vida deve olhar para o alto e se satisfazer em seu Criador.